segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Benvinda Íris!

O sol brilhou neste dia de Outono para receber a pequena Íris, a fihota linda da Lia e do Heitor. Os papás valentes ficaram na tranquilidade da sua casa durante toda a primeira fase do parto e a Lia já chegou ao Hospital do Barreiro com a dilatação completa. Pouco depois, nascia a Íris, com 2525 gr, na presença da enfermeira Graça, do enfermeiro Luís e desta doula que vos escreve... No Hospital todos elogiavam a valente mãe: "tomara todas fossem assim"! "É a cara do Heitor!" dizia a mamã orgulhosa e feliz. Aqui deixo uma nota particular de agradecimento à enfermeira Graça que já conhecia as doulas e apoiou o nosso trabalho. Que bom que é quando todos estamos em sintonia e trabalhamos juntos para ver chegar um bebé ao mundo, cada um sabendo qual é o seu lugar e sobretudo respeitando o lugar da mãe que é no centro! Mas deixo o resto para os próprios pais descreverem, porque eles foram os actores principais e estão de facto, e por todas as razões, de parabéns! Muita luz e muito amor para esta nova família!

Parabéns à Lia

Parabéns à Lia e ao Heitor pelo nascimento da Íris agorinha mesmo!! E um muito obrigada à Doula Carla pela disponibilidade e pelo carinho. Mais detalhes para mais tarde.
Felicidades e dias ensolarados para vocês os três!

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Entrevista com Ricardo Jones

O Dr. Ricardo Herbert Jones é médico ginecologista, obstetra e homeopata em Porto Alegre, RS, no Brasil, onde já atendeu a mais de 1500 partos em 17 anos de profissão. Adepto do parto natural e um grande entusiasta do parto humanizado, é também um dos líderes na discussão sobre a melhoria da qualidade no atendimento às parturientes. É membro da Rehuna, consultor médico das Doulas do Brasil e do grupo Amigas do Parto. Trabalha há vários anos em parceria com a doula Cristina Balzano e com sua esposa, a enfermeira obstetra Neusa Jones.

Doulas do Brasil: Qual o maior benefício da presença de uma doula para a mulher que está sendo atendida?
RHJ: O contato da feminilidade produz um clima de intimidade, carinho, afeto e acima de tudo segurança. As mulheres estabelecem entre si um vínculo poderoso e mágico, que a minha masculinidade não pode atingir. A intimidade psicológica, a sintonia e a confiança que uma parturiente estabelece com uma doula é algo maravilhoso, e os resultados catalogados no mundo inteiro reforçam nossa convicção de que este é um caminho frutífero para o estabelecimento de uma nova postura diante do parto e do nascimento.

DB: Que benefícios você, como médico, tem quando a sua cliente contrata uma doula para acompanhá-la no parto?
RHJ: A diminuição da minha ansiedade, da pressa, da angústia, do medo e de todas as intervenções médicas decorrentes secundariamente destes sentimentos. Hoje em dia minha taxa de episiotomia, fórceps, indução com ocitocina ou mesmo ruptura artificial de bolsa de águas é praticamente zero. Minha taxa de cesarianas está num nível dentro dos parâmetros da OMS (abaixo de 15%) e muito desse resultado devo à parceria que estabeleci com a doula e a parteira que me acompanham.

DB: E antes?
RHJ: Quando eu fazia o mesmo trabalho, e sob os mesmos pressupostos ideológicos (parto verticalizado, sem episiotomia, uso restrito de drogas e intervenções, presença de uma pessoa de livre escolha da mãe, etc...), meus resultados não eram tão bons como são hoje com o auxílio prestimoso das doulas. Certamente que a ajuda destas profissionais pode produzir uma modificação vigorosa nas práticas hospitalares, aproximando nossos índices daqueles preconizados pela OMS e outras entidades que tratam da questão do parto. A entrada das doulas no cenário do parto produziu um "plus" de qualidade, ao incorporar um toque de feminilidade e intimidade, arrancando o nascimento da sua vinculação com o tecnicismo e a alienação.

DB: Pela sua experiência, de que forma a doula interfere na participação do pai durante o parto? RHJ: Diminuindo a tensão e a angústia dele. O pai pode ser um elemento desestabilizador do processo do nascimento, desde que esteja mal preparado psicologicamente para enfrentar este desafio. A doula, com sua afetividade, carinho, presença e suporte, pode oferecer ao pai a tranquilidade de que ele tanto necessita para se tornar um facilitador do parto para a sua esposa. Estando ele tranquilo, sereno e confiante, vai envolver sua companheira num campo vibracional de positividade e reasseguramento (ao invés de ser um "emissor de adrenalina", como diz Dr Michel Odent) interferindo, assim, positivamente no sucesso do evento.
DB: Como as suas clientes costumam avaliar a influência da doula em seus partos, nas consultas de retorno? RHJ: É muito interessante. Várias vezes eu fiquei morrendo de ciúme do que elas falam das doulas. O encantamento, a vinculação e a gratidão são impressionantes. Existe uma cumplicidade verdadeiramente feminina, algo que soa como "Você me ajudou naquele momento. Você estava lá o tempo todo ao meu lado. Você presenciou meu choro, meu riso, meu medo e minhas lágrimas de alegria. Você me viu parindo meu filho, e este foi um dos momentos mais belos da minha vida. Estamos juntas, num elo de sangue e amor, para sempre." Fico emocionado quando elas me relatam isso, porque vejo uma coisa feminina, bela, amorosa. É algo que jamais esquecemos, e tenho certeza que estas pacientes jamais vão perder estas lembranças.

Vejam a entrevista completa dada às Doulas do Brasil em:
http://www.doulas.com.br/art12.html

O "Big-Bang" de Cada Um de Nós II

Quando saí do elevador no piso onde a minha mulher estava, dou de caras com o meu vizinho de cama, com ar consternado, desolado. O seu filho já tinha nascido, era a segunda vez que isso acontecia. Tinha ido à casa de banho, e num ai, como na primeira vez, ele que sempre ficara ali ao lado na cabeceira da cama, o seu filho não esperou pelo alívio breve do seu pai.

- E o seu também já nasceu.- diz-me. Que não, respondo confiante, o meu só virá a este mundo lá para as cinco da tarde, e se tudo correr bem.

- Não, o seu já nasceu. - Começo ali um balbuceio que vai da incredibilidade aos olhos rasos, aquoso. Preparei-me tanto eu para isto e ele veio assim sem avisar, não pode ser, estou inconsolável, bato à porta, demoram a abrir,algo se passa, aparece uma enfermeira,

o seu filho já nasceu, é um rapagão com 3,750 kg,

senti-me estranho, porque é que ela me fala assim? , porque é que falamos uns assim com os outros?, neste momento estou-me borrifando para o peso dele, tenho tempo para entrar - e sair - neste vai de roda dos percentis, só quero saber quem sou, que família tenho, se a mãe e ele estão bem, por esta ordem, estão todos bem, já lhe disse, é um rapagão e pesa 3,750 Kg, responde-me a enfermeira.

Nos próximos cinco minutos, até que novamente a porta se abra e eu possa entrar por breves momentos para pegar no meu filho ao colo, fico ali com o meu companheiro de infortúnio.

- A gente não gosta menos deles por isto. É mais uma questão de que quando nos perguntam ficarmos assim um bocado... - Aquela bondade, ali, é enternecedora. Sorrio.

Abre-se a porta. A enfermeira chama-me. Acabei de entrar e ela pela primeira vez olha para o outro pai expectante:
-O que é que está a fazer aí? Para o pé da sua mulher, já! Ela precisa de si.

Um pequeno milagre. A filha dele não tinha nascido. Fora o meu que nascera e ele assumira-o - era a carga que tinha a esse respeito, talvez - como se tivesse sido a sua. Não era. Lá foi contente para dentro da sala como se se tivesse livrado de uma maldição.

A enfermeira traz-me um volume envolto em panos, num cobertor. A minha mulher tinha sido escrupulosa nesse domínio. Havia uns trapinhos para quando ele acordasse, depois outros para vestir enquanto fosse beijado, admirado e presenteado por todos os reis magos deste nosso "Big-Bang". Era nesses primeiros panos que vinha envolto o Menino de Todos os Meus Dias.

Era tão bonito. Aquela pele vermelha, macerada ainda pela força da expulsão, os olhos abertos, já a olhar para mim. Ele já olhava para mim. As mãos de pequenissimo polegar. Não o conseguia ver. Entre mim e ele havia uma cortina literal de água. Eu dizia o hit de todas as frases pimba que podem estar disponíveis a um batráquio, quer dizer, a um homem. Ai meu rico menino, meu rico filho, era a menor delas.

Imagine-se. A parteira e a enfermeira, a dois metros de mim, riam-se, gozando.
-Chora tanto. - Dizia uma.
-Quem, o bébé? - perguntava a outra.
- Não, o pai. - Retorquia a primeira.

terça-feira, 16 de novembro de 2004

O "Big-Bang" de cada um de nós I

Lembrar-me-ei sempre, sem algum registo de todos os momentos que vão entre as 5 h da manhã e as 15h do dia 18 de Fevereiro de 2001. Mesmo que cada vez mais a memória seja uma espécie muito caprichosa, respondo pelo futuro: nunca me esquecerei. Talvez não saiba dizer o que aconteceu no mundo nesse dia. O meu mundo estava todo ele concentrado num acontecimento que haveria de trazer a alegria do "big-bang" para dentro do meu universo.

Lembro-me de acordar e ver a cara dela, muito calma, sorrindo, dizendo:
-Rebentaram-me as águas, Quim.

Voltei-me e fechei os olhos durante meia dúzia de segundos, era a sério, desta vez era a sério, há três semanas tinhamos tido um ameaço exactamente à mesma hora, depois de cinco horas passadas numa maca de hospital voltarámos para casa, desta vez a cama molhada, não há falsas águas, era a sério. Durante esses breves segundos, que a ela lhe pareceram uma eternidade, revi mentalmente todo aquele preciso e milimétrico check list que já tinhamos feito em conjunto. Vi cinco ou seis pontos, todos eles em branco. Abri os olhos, haveríamos de saber o que fazer. Dou um salto da cama e logo ali tenho o meu instante histérico, de excitação, alegria e histeria. Senti-me verdadeiramente incapaz para a tarefa que a Natureza me tinha destinado.

Ela, extraordinariamente calma, dirigiu-se para a casa de banho, ía tomar um duche e comer alguma coisa. Contra todas as indicações que tinhamos recebido. E aí eu percebi que ela sabia algo que não estava em nenhum livro de ilustrações sobre a arte de bem parir: que o momento da gravidez é um momento todo ele consagrado à mulher e que tudo o que ela faz para se sentir bem e capaz para o desafio que vai enfrentar pode fazer. De nada me valia recitar-lhe as encíclicas dos nossos livros santos destas últimas semanas, como os vários exemplares da Pais e Filhos espalhados pela casa, ela dizia-me invariavelmente:
- Não vou estar ali horas e horas e horas sem...

Ia chamar o taxi. Ela olhou para mim abanando a cabeça, ía cumprir a ameaça, que vergonha!, ía telefonar ao pai. "Se não tirares a carta, chamo o meu pai!". Não se pode discutir com uma mulher que tem de estar nas suas melhores condições para a festa, pensei, assumindo com tristeza a minha primeira ferida no meu orgulho de pai.

Veio o pai e a mãe, claro. Lembro-me de todos os momentos, das corridas hospital acima, hospital abaixo, do cheiro das paredes, do chão, das cores tristes, aquele recanto onde passamos as primeiras horas deste mistério é lúgubre, quase sinistro.

Eram umas sete horas quando ela subiu, eu só pude ir ter com ela já eram quase nove horas, estas duas horas estão-me gravadas na pele, entraria na mudança de turno, nunca percebi bem porquê, naqueles momentos estamos predispostos para nos concentrarmos totalmente no essencial, é por isso que eu sinto que os hospitais deveriam cuidar mais de perceberem isto, que quando os procuramos estamos tão frágeis como se fossemos chamados a dialogar directamente com a vida e a morte, sendo que em cada uma delas há a outra que espreita.

Das 9h às 14h estive continuamente ligado a ela. Limpando-a. Com uns panos horrorosos, porque não absorviam aquela langonha feita de água, excreções e sangue, uma matéria viscosa que escorregava dos trapos luzidios, tudo isso pode ser belo, disseram-me, confesso que me custou muito, entre isso e o resto agarrar na sua mão e respirar fundo, fazer os exercícios respiratórios adequados a cada momento, observar o ctg, observá-la a ela cada vez com mais dores e ainda com uma dilatação mínima.

Não sei como passou o tempo, só sei com que é que se passou. A minha vida era aquela cama, um aparelho onde tinha de observar os valores, os seus olhos que tinha de acarinhar e incentivar, estavam mortiços, doridos, a mão segura pela minha mão, e a respiração. Volta e meia as dores, as guinadas eram tão fortes que desistia de respirar. Era eu que lhe voltava a pegar no sopro e retomávamos as respirações, de acordo com aquilo que tinhamos aprendido para o período expulsório.

Olhei para o lado. Outra cama, outro homem, outra mulher. Havia de facto uma diferença, e a diferença vim a comprová-lo mais tarde, a partir da conversa com ele, tinha sido mesmo os sete meses anteriores, o tempo que tinhamos vivido nesse período.

Eu estava de rastos. As pernas tremiam-me. Tinha fome. Estava sem comer nada, rigorosamente nada, desde as cinco da manhã, só me lembrara disso já tinha a bata verde vestida. Curioso isso. Tantas e tantas vezes tinha de andar com uma bolacha no bolso porque a partir das três horas sem comer começava a sentir-me mal e agora, estava há nove horas sem comer nada, ali, pensei várias vezes que desfalecia, mas depois olhava para ela, ausentava-me de mim, era importante permanecer.

Às duas horas um concílio de sábios, ou de médicos, passou pela nossa cama e disse com nariz altivo perante os pedidos dela para que lhe fizessem a epidural. Antes de passarem umas duas ou três horas não será, não tem a dilatação necessária. Foi então tempo de sair para comer alguma coisa e fazer uma ronda telefónica pelas nossas principais capitais do nosso mundo. "está tudo bem, estou só a comer algo e vou voltar para dentro, quando houver fumo branco volto a telefonar".

Quando cheguei, passados vinte minutos, ao bloco onde ela estava, nem queria acreditar no que se tinha passado.

(Continua no próximo capitulo)

domingo, 14 de novembro de 2004

A vida que está dentro do tempo em que (realmente) vivemos

Vou finalmente corresponder ao simpático convite.

Fui pai tardio, tinha 38 anos. O que tem consequências complicadas, não irei sair com o meu filho como tantas vezes, aos vinte anos, imaginei, tem outras, benignas, como a da própria experiência nos encaminhar para uma valorização natural de todos os momentos que rodeiam o nascimento de um filho.
Comecei a ser pai numa noite de Santo António em que a mãe do meu filho me ofereceu um manjerico em cujo verso estava escrita a notícia feliz, mas só um mês e pouco mais tarde, na primeira ecografia vaginal, ouvi pela primeira vez o bater do coração do meu filho.
Começou aí um percurso que me levou a diferentes sessões de preparação para o parto, que muitas vezes amigos me diziam ser um excesso porque nada disso era preciso, que os filhos sempre tiveram sem nada dessas modernices, que era só uma forma de gastar tempo e dinheiro.
É certo que toda a Natureza nos acompanha e nos ajuda no nascimento de uma criança. Vai-nos moldando o corpo, adaptando o espirito, leva-nos pela mão até ao grande momento. Não menos certo: valorizar a preparação e o acompanhamento do período pré-parto é não só, ao contrário do que à primeira vista muitas vezes pode parecer, uma desdramatização do momento do nascimento, e consequentemente da tensão que ele pode induzir, como é permitirmo-nos crescer enquanto pessoas. Só não digo que os sete meses de preparação para o nascimento do meu filho foram o tempo mais importante da minha vida porque quando se tem um filho em idade de crescer esse tempo está sempre por vir, mas foram seguramente o tempo onde eu aprendi a viver de uma forma que eu não conhecia. Que eu interiorizei o que é a vida de um modo que nunca me tinha sido revelado. Ainda hoje sinto em algumas reacções dele consequências dos longos tempos em que ouvimos música, poesia, que lhe toquei.
E a riqueza desse tempo chega-nos mais facilmente quando o partilhamos. É um tempo de um excesso de turbulência na comunicação. Abundam os inputs mágicos e não imediatamente decifráveis, nomeadamente os sinais que nos chegam do corpo do bébé, é também prolixa a nossa necessidade de falar àcerca daquilo que sentimos. É para mim positivo tudo o que reforce a nossa atenção para esse momento muito especial em que nos damos a uma das nossas funções vitais, aquela em que, sem o percebermos, voltamos a participar, e agora de uma forma activa, responsável, no mistério da vida que nos trouxe.

E isto é um pai a falar, claro, alguém que não tem senão a sua própria experiência para o guiar neste mundo delicioso do nascimento.

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Problemas inerentes ao parto induzido e cesariana

Podem navegar neste site da Mother friendly, onde encontram informação sobre riscos de uma cesariana, parto induzido, vantagens da amamentação e 10 perguntas para fazer ao (à) obstetra.

http://www.motherfriendly.org

Artigo revista Xis

A pedido de muitas famílias... aqui estão os links para o artigo publicado na Revista Xis, no passado dia 30 de Outubro. Muito obrigada à nossa querida Rosa pelo scan e criação dos links.

http://pwp.netcabo.pt/rosamacedo/xis1.jpg
http://pwp.netcabo.pt/rosamacedo/xis2.jpg

domingo, 7 de novembro de 2004

A nossa missão...

"Humanizar o nascimento significa compreender que a mulher que dá à luz, é um ser humano, não uma máquina e não apenas um contentor de fabrico de bebés. Mostrar às mulheres (metade da população humana) que são inferiores e inadequadas retirando-lhes o seu poder de dar à luz é uma tragédia para toda a sociedade. Por outro lado, respeitar a mulher como um importante e valioso ser humano e assegurar que a experiência de parto da mulher é gratificante e empoderadora não é apenas um "bónus" simpático, é absolutamente essencial pois torna mais forte a mulher e, consequentemente, mais forte a sociedade".
Marsden Wagner, MD (tradução de Carla Guiomar)
Artigo completo disponível em:
http://www.acegraphics.com.au/articles/wagner03.html

Doulas de Portugal na RTP2

Fomos convidadas para participar na gravação de um programa da RTP2, "Tudo em Família" sobre nutrição na gravidez e lactação.
O programa será emitido dia 2 de Dezembro às 14h na RTP2.