"Em Odemira, que fica a cerca de 100 quilómetros de Beja, há um bombeiro que já fez 65 partos em ambulância.
A história é ressuscitada pelo presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros (LPB), Duarte Caldeira, para ilustrar um dos problemas colocados pelo encerramento dos blocos de partos.
No caso do transporte das parturientes - "garantido em 70 por cento pelos bombeiros" - a Comissão de Saúde Materna e Neonatal não explica no seu relatório como e quando a questão vai ser resolvida.
O presidente da LPB não entende por que razão não foi ainda contactado pelo Ministério da Saúde e adianta que na próxima semana vai colocar uma série de questões a Correia de Campos. É que, mesmo que não haja problemas com os meios dos bombeiros nas localidades onde estão decididos os encerramentos (à excepção do que acontece em Lamego), não haverá enfermeiros suficientes para garantir o transporte preconizado pelos especialistas.
Actualmente há 102 enfermeiros inseridos nas 411 corporações de bombeiros do país. Sublinhando que concorda com a medida, o presidente da Associação dos Enfermeiros Obstetras, Vitor Varela, nota igualmente que tudo tem que ser bem organizado e planeado e que a questão do risco deve ser avaliada no local, sendo responsabilidade também do médico".
In Público, sábado, 18 de Março 2006
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