"Tecnicamente, é muito mais difícil realizar uma monitorização contínua do que ter uma enfermeira que encosta um fetoscopio à barriga da mãe. Durante a monitorização externa qualquer movimento do feto ou da mãe pode dar origem à perda de sinal e tornar necessário o reajustamento da palheta. Por vezes o aparelho regista o ritmo cardíaco da mãe, o que poderá preocupar toda a gente, pois este é normalmente muito mais lento quedo que o do bebé. Assim que o bebé começar a deslocar-se pelo canal do nascimento, colocar a palheta sobre o seu coração torna-se um verdadeiro desafio, especialmente se a mãe estiver sentada ou á procura de uma posição confortável.
Elizabeth recorda: «Sempre que me mexia, o sinal sonoro que indicava o ritmo cardíaco no monitor tornava-se extremamente ténue. Eu entrava em pânico, o meu marido entrava em pânico e eu tentava não me mexer mais. Depois a enfermeira reajustava calmamente os cintos e ficava tudo bem… até eu me mexer outra vez. Passado algum tempo o meu marido pediu-lhe para desligarem a máquina e isso ajudou».
Noor achou o monitor limitativo. «Eles queriam que eu me mantivesse sempre na mesma posição mas isso era desconfortável. Queria liberdade para me movimentar. A certa altura a enfermeira entrou e disse: "Deixou de ter contracções?" Tinha voltado a mover a correia e a maquina não estava a registar nenhuma contracção. Ela ficou bastante irritada comigo por causa disso».
Quando se usa a monitorização interna, existe o risco de a pinça se soltar do crânio do bebé. Isto pode dar origem a um pânico momentâneo, pois dá a sensação de que o coração do bebé deixou de bater.
(…)
Grandes experiências clínicas (que incluíram 17 000 mulheres) compararam os resultados entre partos em que a mãe e o bebé haviam sido examinados intermitentemente através de um fetoscópio e partos em que tinha sido usado um monitor electrónico fetal.
Para aqueles que depositavam grandes esperanças no monitor electrónico fetal, os resultados foram decepcionantes: o número de cesarianas e de extracção por fórceps ou ventosas era significativamente mais elevado no grupo de monitorização continua. No entanto, para os bebés, os resultados foram exactamente os mesmos em ambos os grupos.
(…)
A conclusão inescapável é que a monitorização continua provoca um aumento das intervenções – cesarianas, fórceps e ventosas – sem qualquer vantagem para o bebé.”
"Gravidez e Parto - As Melhores Provas" de Joyce Barrett e Teresa Pitman
Elizabeth recorda: «Sempre que me mexia, o sinal sonoro que indicava o ritmo cardíaco no monitor tornava-se extremamente ténue. Eu entrava em pânico, o meu marido entrava em pânico e eu tentava não me mexer mais. Depois a enfermeira reajustava calmamente os cintos e ficava tudo bem… até eu me mexer outra vez. Passado algum tempo o meu marido pediu-lhe para desligarem a máquina e isso ajudou».
Noor achou o monitor limitativo. «Eles queriam que eu me mantivesse sempre na mesma posição mas isso era desconfortável. Queria liberdade para me movimentar. A certa altura a enfermeira entrou e disse: "Deixou de ter contracções?" Tinha voltado a mover a correia e a maquina não estava a registar nenhuma contracção. Ela ficou bastante irritada comigo por causa disso».
Quando se usa a monitorização interna, existe o risco de a pinça se soltar do crânio do bebé. Isto pode dar origem a um pânico momentâneo, pois dá a sensação de que o coração do bebé deixou de bater.
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Grandes experiências clínicas (que incluíram 17 000 mulheres) compararam os resultados entre partos em que a mãe e o bebé haviam sido examinados intermitentemente através de um fetoscópio e partos em que tinha sido usado um monitor electrónico fetal.
Para aqueles que depositavam grandes esperanças no monitor electrónico fetal, os resultados foram decepcionantes: o número de cesarianas e de extracção por fórceps ou ventosas era significativamente mais elevado no grupo de monitorização continua. No entanto, para os bebés, os resultados foram exactamente os mesmos em ambos os grupos.
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A conclusão inescapável é que a monitorização continua provoca um aumento das intervenções – cesarianas, fórceps e ventosas – sem qualquer vantagem para o bebé.”
"Gravidez e Parto - As Melhores Provas" de Joyce Barrett e Teresa Pitman
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